Estudo comprova: videogame pode fazer bem ao cérebro

O Jornal Valor Econômico publicou no dia 13/03 uma reportagem sobre as consequências do videogame no cérebro. Ao contrário do que muitos supõem, os jogos eletrônicos podem trazer aos jogadores diversas consequências positivas.


Por Robert Lee Hotz | The Wall Street Journal

Um número cada vez maior de pesquisas acadêmicas sugere que os jogos, seja na televisão ou no computador, desenvolvem a criatividade, a tomada de decisões e a percepção. Os benefícios específicos são de natureza variada, desde aumentar coordenação entre mãos e olhos de um cirurgião até mudanças na visão que melhoram a habilidade de dirigir à noite.

Pessoas que jogam videogames de ação tomam decisões 25% mais rápido que os outros sem prejuízo da precisão, segundo o estudo. De fato, os jogadores mais adeptos podem fazer escolhas e lidar com elas até seis vezes num segundo - quatro vezes mais rápido que a maioria das pessoas, mostraram outras pesquisas. Além disso, jogadores experimentados podem prestar atenção em mais de seis coisas ao mesmo tempo sem se confundirem, em vez das quatro coisas que as pessoas normalmente podem manter na memória, disseram pesquisadores da Universidade de Rochester. Os estudos foram conduzidos de forma independente das empresas que vendem videogames.

Os cientistas também constataram que as mulheres - que constituem cerca de 42% dos jogadores de videogame - foram mais capazes de manipular mentalmente objetos em três dimensões, uma habilidade em que homens geralmente têm mais. A maioria dos estudos analisou adultos em vez de crianças.

Nem tudo são flores.

Jogos eletrônicos têm as suas desvantagens. Medições no cérebro indicam que videogames violentos podem alterar as funções cerebrais em homens jovens e saudáveis depois de eles jogarem durante apenas uma semana, enfraquecendo a atividade em regiões associadas com controle emocional, relataram recentemente pesquisadores da Universidade de Indiana. Outros estudos indicaram que jogar compulsivamente está associado a excesso de peso, timidez e tendência à depressão.

Matéria publicada em 13/03/2012 pelo Jornal Valor Econômico.

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