Melhoria contínua: o que é e como fazer?



Aprenda os fatores fundamentais, princípios básicos e as técnicas mais famosas para aplicação da melhoria contínua nas empresas.

“Nada é tão bom que não possa melhorar”, “a cada degrau que você sobe existe um novo para subir”, “é preciso matar um leão por dia”! Com certeza você já ouviu uma dessas frases, afinal, o mundo está em constante mudança, fazendo com que o conceito de melhoria contínua deixe de ser uma vantagem, para se tornar uma obrigação! As empresas buscam resultados cada vez maiores, a concorrência por um emprego está cada vez mais acirrada, dentre inúmeros outros casos que eu poderia citar, onde se você não melhorar continuamente, você fica para trás! Devido a isso, muito se tem falado sobre melhoria contínua, e vou te explicar nesse artigo a definição desse conceito, como fazer, e um exemplo real de como a melhoria contínua pode alavancar resultados! Vamos lá?  

O que é melhoria contínua?  

Melhoria contínua é a pratica adotada por diversas empresas visando tornar seus resultados cada vez melhores, mais eficientes e eficazes, sejam eles em produtos, processos ou serviços. É um processo cíclico sem fim, afinal, sempre há novas oportunidades de melhoria para serem identificadas e colocadas em prática. Essa filosofia vem se tornando cada vez mais popular, sendo algo intrínseco a qualquer grande empresa hoje em dia. Isso se dá pelo fato de o capitalismo estar cada vez mais “selvagem”, sendo necessário gerar muito valor para o cliente com o menor gasto possível.   

Fatores fundamentais da melhoria contínua   

Como toda filosofia, essa também possui fatores básicos que você precisa entender antes de aplicá-la. Vamos a eles? Exige continuidade: como já dissemos, a melhoria contínua é um processo cíclico sem fim. Você melhora, analisa, estuda os pontos de melhoria e começa outro plano de ação! É uma cultura: não se trata apenas de melhorar processos, e sim de mudar toda a questão cultural da empresa. É uma filosofia de negócios, ou seja, deve estar inserida em todos os níveis da empresa, desde a alta administração até os operários do chão de fábrica. Benefícios para todos: a mudança deve trazer benefícios gerais, envolvendo todas as áreas, não apenas uma específica. Todos os processos da empresa devem ser englobados, assim como a vida de todos os colaboradores responsáveis.   

Como aplicar a melhoria contínua?   

Se você deseja aplicar essa filosofia na sua empresa, ou até mesmo na sua vida pessoal, você precisa ficar atento a alguns princípios que te ajudarão a alcançar os resultados desejados. São eles...   

Foco 

É importante estabelecer pontos focais na hora de aplicar a melhoria contínua em sua empresa, afinal, ao estudar pontos de melhoria, você encontrará inúmeras atividades que podem ser melhoradas. É preciso ter foco naquelas que podem gerar mais resultados, pois se você se deixar levar com a vontade de melhorar tudo ao mesmo tempo, acabará não conseguindo realizar nenhuma melhoria, perdendo tempo e esforço em vão.  

Medição 

Qualidade é um conceito que depende muito do ponto de vista a ser adotado. No nosso curso de ISO 9001:2015 falamos disso, afinal, para alguém que usa muito estrada de chão, uma caminhonete tem muito mais qualidade que uma BMW, que é um carro baixo, não é mesmo? Mas o que isso tem a ver com medição? É simples. Para medir algo, é necessário avaliar o que estamos procurando. Se você não sabe o que é qualidade para você, como poderá definir indicadores para analisá-la? Aproveitando que falamos de carro, vamos definir qualidade como o número de carros com defeito produzidos numa fábrica. Se eu meço e vejo que produzo 10 carros com defeito a cada 10.000 que são produzidos, posso pensar em um projeto de melhoria contínua para diminuir esse número para 7, 5, até alcançar o melhor resultado possível. Percebe que para isso precisei definir o que é qualidade para mim, estabelecer indicadores, e fazer a medição? Por isso esse é um princípio tão importante dessa filosofia!   

Padronização 

“Não há melhoria se não há padrão” (Taiichi Ohno) Esse precursor do Lean Manufacturing sabia do que estava falando. Se você não tem um padrão, fica impossível controlar os processos. Vamos exemplificar. Suponha que num processo você fabrique uma peça de um determinado jeito. No dia seguinte, você muda a forma de fabricação e obtém um resultado melhor. Porém, ao tentar melhorar mais uma vez, você acaba piorando seus resultados. Concorda comigo que se você não tiver definido um padrão, não saberá quais processos mudaram no dia que melhorou e no dia que piorou? A padronização é fundamental por isso! Baseado no seu padrão, é possível estabelecer melhorias que devem ser acrescentadas ao padrão para que seus benefícios se mantenham durante os novos processos!   

Tenha conhecimento técnico 

Não adianta focar em um problema, medir seu desempenho e pensar em padronização se você não sabe o que deve ser feito. Se o objetivo é diminuir o número de carros com defeito produzidos, ele só não foi alcançado ainda porque você ainda não detém conhecimento para tal. Hoje existem inúmeras técnicas que podem te ajudar a definir o que deve ser feito, dentre elas, Lean Manufacturing, Lean Seis Sigma, Ferramentas da Qualidade e PDCA. As duas primeiras são as técnicas mais completas e famosas do mundo! Qualquer grande empresa que você consiga pensar já utiliza ambas as metodologias para melhoria contínua. Então se quiser saber mais, basta clicar nos links acima. As ferramentas da qualidade também são incríveis para elaborar planos de ação, e bem mais simples de usar. Ajudam a identificar a causa do problema e propor soluções rápidas e eficientes. Por último e não menos importante, temos o PDCA! Podemos dizer que o PDCA é o próprio conceito de melhoria contínua, pois suas 4 etapas, Plan, Do, Check e Act compõem o ciclo de melhoria, que deve rodar continuamente dentro de uma empresa.


Fonte: https://www.voitto.com.br

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