"Promoção do ser para ser todo o ser que potencialmente possa vir a ser"



Diferente do que a maioria pensa, a educação, acima de tudo, se baseia no desequilíbrio e não na harmonia. Somente existe aprendizagem - e desenvolvimento - se houver desafios, "mal-estar". A principal tarefa do educador é tirar a criança do sistema chave-fechadura entre alguém que detém o saber e aquele que nada sabe.

E na tentativa de retornar ao estado de equilíbrio, a criança vai se utilizar dos esquemas de ação ou dos esquemas mentais de que dispor, de acordo ao estágio de desenvolvimento cognitivo em que se encontra.

A função do educador é basicamente propor novos problemas para o educando responder, não para buscar novas formas de ação no mundo, mas principalmente, para mudar o conceito que se tem das relações estabelecidas com a realidade concreta.

Pela mediação, portanto, possibilita-se ao aluno a reconstrução de seu saber.

Porém, para fazê-lo o professor precisa saber como o seu aluno compreende a realidade, isso implica em uma mudança de posicionamento do educador e aí está a grande questão. 

Como dizia Paulo Freire o educador se vê como alguém que não detém todo o conhecimento existente. 

Ele não conhece o seu aluno, precisa investigá-lo, surpreender-se com sua história materializada em uma vida. Se assim o fizer, será educando, pois aprenderá com o outro, mas não deixará de ser educador porque continuará com a função de ampliar a visão de mundo de seu aluno.
                                                                                                                                   
                                                                                                                                                                                                                      UNOPAR

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