As pessoas te entendem?



Muito além das palavras: dicas de linguagem não verbal para você passar sua mensagem com mais eficiência 

Se você pensar bem, a mímica é uma verdadeira arte. O ato de se expressar sem palavras requer muito treino, muita prática, para que seja realmente efetivo, comovente. Mímicos entendem como ninguém aquela máxima segundo a qual “o corpo fala”, e dominam recursos de linguagem não verbal para transmitir uma mensagem bem específica para a audiência. E você, como alguém que (provavelmente) vive participando de reuniões e compromissos corporativos – onde esses recursos fazem diferença -, pode aprender muito com eles.

Por isso, vamos trazer dicas para que seu corpo se expresse da melhor forma possível sem recorrer a palavras – ou, ainda, complementando-as. Afinal, seus gestos e trejeitos podem ser mais eloquentes do que aquilo que você diz.
Apesar da tecnologia, a linguagem não verbal continua fundamental.
 Hoje em dia, temos muitas formas de comunicação digital. 
Uma pessoa pode passar dias, semanas, meses conversando com todo mundo que conhece, mas sem 
encontrar-se pessoalmente com ninguém. No entanto, quando esses encontros ocorrem, a linguagem não 
verbal exerce papel 
fundamental.
Isso é ainda mais verdadeiro no ambiente corporativo. Certos “rituais” – como abrir e fechar portas, apertos
 de mãos, comportamento gestual em almoços de negócios, dentre vários outros – dizem muito sobre uma 
empresa, sobre seus gestores. E, para você se comunicar com mais eficiência, é fundamental prestar atenção 
aos sinais enviados pelos seus interlocutores.
Como perceber se sua linguagem corporal está funcionando?
Pensando no momento em que a linguagem não verbal é mais importante, ou seja, em reuniões, existem algumas 
formas de constatar se o seu público ou os seus colegas estão pegando sua mensagem. 
As dicas são do portal FastCompany. 
Olha só:1. 
Público na mesma sintonia
Uma forma de verificar se sua audiência “embarcou” na sua comunicação é o fato de ela reagir à sua 
apresentação como uma unidade, coesa. Todo mundo parece focado no mesmo conteúdo – sua 
apresentação. Mas isso só é possível se o público estiver totalmente sintonizado no mesmo sinal.
2. As questões são relevantes
Outra forma de verificar se você está conectado com seu público é por meio das questões levantadas. 
Elas estão dentro do assunto? Ótimo. Porque não há nada pior do que questões que desviam do 
conteúdo, que não têm muito propósito – e é o que acontece quando a apresentação não foi tão bem 
sucedida.
3. Não há interrupções
Pode parecer evidente, mas não custa relembrar. Ter poucas ou nenhumas interrupções (que não se
relacionem a perguntas, claro) é um tremendo indício de que a apresentação está indo bem. Então, 
se ninguém do seu público se manifesta até o momento em que você abre possibilidades para isso, é 
bem provável que sua mensagem está sendo recebida com sucesso.
Os segredos para se transmitir confiança
Se o seu público não está conectado, vale retomar algumas regras básicas da linguagem não verbal. 
Carol Goman, autora do livro The Silent Language of Leaders (A linguagem silenciosa dos líderes,
 em tradução livre) traz dicas nesta matéria do iG. Ela extrai, da mímica, alguns aprendizados. 
Resumimos aqui alguns pontos para que o corpo transmita confiança:
1. “Superpose
Pode parecer absurdo, mas a especialista garante que funciona: chegue com antecedência ao local da 
reunião (ou de qualquer outro compromisso corporativo importante). Quando estiver na baia, ela recomenda 
que você faça uma pose de super-herói, “com as mãos no quadril e as pernas afastadas e permaneça dessa 
maneira por dois minutos”.
Para defender a prática curiosa, Goman cita pesquisas que mostram que isso “aumenta as taxas de
 testosterona, que nos fazem sentir mais confiantes e diminui o hormônio cortisol (responsável pelo estresse)”.
2. Nada de celular
Seja na espera de uma entrevista ou de uma reunião, Goman recomenda que você resista à tentação de 
pegar o celular e mexer nele. Porque isso poderá destruir os benefícios da “superpose”.
3. Sorriso da Mona Lisa
Ela cita uma pesquisa da Universidade de Glasgow que aponta que nosso cérebro leva apenas 200 
milissegundos para interpretar e julgar o rosto de uma pessoa. Portanto, qualquer demonstração de 
preocupação ou dúvida poderá ser percebida pelo interlocutor ou pela audiência.
Com isso em mente, a especialista afirma que a melhor maneira de começar uma entrevista é com um 
sorriso sutil, como aquele da musa de Leonardo da Vinci. E o sorriso deverá ir aumentando ao longo 
da conversa, o que sugere que seus interlocutores te agradam.
4. Estabeleça contato físico
Ainda que não valha tanto para reuniões, esta dica é fundamental para todas as outras ocasiões. 
Porque o toque é a mais primitiva e poderosa ferramenta de linguagem não verbal.
Desde o começo: o aperto de mãos firme e os olhos nos olhos poderão convencer de que você é alguém 
de confiança. “Encarar na medida correta é importante. Mas claro que não querermos passar uma sensação 
de psicopata ou stalker”, brinca Carol Goman. De acordo com ela, o oposto é mais perigoso: desviar o olhar,
 encarar o chão, tudo isso pode dar a impressão de que você tem algo a esconder.
Outra dica interessante é a de se certificar de falar o nome dos interlocutores. “Há uma palavra que amamos 
ouvir dos outros: nosso nome. Quando você ouve seu nome, o centro de recompensa do cérebro se ilumina”,
 explica.
5. Faça como os italianos
Dica fundamental para reuniões: “italianize-se” e use as mãos. A gesticulação ajuda na produção do discurso 
e a eliminar expressões como “hmm, é…, tipo”. No entanto, não exagere e mantenha os movimentos de 
maneira relaxada para não demonstrar o oposto, de que você está fora de controle. Uma boa forma é filmar-se 
para perceber essas nuances.
Carol Goman também faz recomendações do que você deve evitar: mexer nos acessórios que estiver usando,
 brincar com o cabelo, esfregar as mãos, pois essas são nossas formas de demonstrar nervosismo. “Se você 
se pegar fazendo isso”, diz ela, “leve suas mãos ao seu colo por um momento para se concentrar”.
6. Seja um espelho
A última dica relaciona-se aos reflexos, que podem te ajudar a aprimorar sua linguagem não verbal. Assim, 
procure repetir alguns gestos de seus interlocutores ao longo das conversas, como se fosse mesmo um reflexo
 de espelho. A técnica ajuda porque nossos neurônios acabam interpretando a ação como uma mensagem de 
empatia, em nível inconsciente. 
Mais tempo para preparar cuidar da sua linguagem não verbal
Muitas vezes, a falta de tempo impede a preparação de uma boa apresentação. Sendo assim, qualquer 
ferramenta que evite desperdícios e reuniões desnecessárias pode dar uma força muito bem-vinda neste
 momento tão importante.
Fonte:https://blog.runrun.it/linguagem-nao-verbal/?utm_campaign=blog-rdstation-19-04&utm_medium=email&utm_source=news

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