Diversidade não pode ser responsabilidade apenas do RH

Na medida em que as políticas de diversidade vão ganhando mais espaço nas organizações uma ideia se fortalece: o tema não pode ficar restrito ao RH.

A área de Recursos Humanos é fundamental para revisão de práticas, levantamento de dados, proposição de rotas e avaliação de desempenho. Mas falar de diversidade envolve articular aliados e mobilizar todos os departamentos da empresa. O tema não avança se for responsabilidade de uma área só.

É preciso contar com a equipe de Responsabilidade Social para fazer parcerias e levar adiante iniciativas concretas e que trazem retorno para a sociedade, como as que envolvem investimento em projetos dos públicos com a qual a empresa se relaciona. 

O pessoal de Suplly Chain é fundamental para levar o tema para a cadeia de valor, compartilhar boas práticas, educar fornecedores e estimular que os parceiros da organização também olhem para o assunto.

O Jurídico é um parceiro de primeira hora e pode ajudar a organização não apenas a cumprir a legislação, mas também a antecipar cenários e se adequar a demandas dos diferentes grupos minorizados (mulheres, LGBT, pessoas com deficiências, raça).

A área de comunicação, por sua vez, é aquela que fomenta cultura e pode ter atuação estratégica no desenvolvimento das políticas de diversidade e inclusão. São os comunicadores que ajudam a definir as mensagens-chave, propagam os valores da organização e fazem com que a diversidade seja percebida como uma preocupação legítima da empresa. 

Por fim, os grupos de afinidade, formados por embaixadores da diversidade, e que devem ser, também eles, diversos, com funcionários de diferentes departamentos e posições na hierarquia da organização.

Em resumo, para avançar no tema é preciso envolver toda a empresa, do  board à recepção, dando voz a todos e estimulando a atuação como verdadeiros agentes de transformação social.

Diversidade incrementa a reputação, aumenta a criatividade, traz inovação e melhora o clima. Mas isso são excelentes consequências. O ponto de partida, acima de tudo, é a nossa capacidade de ajudar a construir um mundo mais justo e igualitário a partir de nossas baias e mesas de reunião.

Fonte:https://www.linkedin.com/pulse/diversidade-n%C3%A3o-pode-ser-responsabilidade-apenas-do-rh-ricardo-sales