Você
desvirtuou um argumento para torná-lo mais fácil de atacar.
Ao exagerar,
desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de alguém, fica bem mais fácil
apresentar a sua posição como razoável ou válida. Este tipo de desonestidade
não apenas prejudica o discurso racional, como também prejudica a própria
posição de alguém que o usa, por colocar em questão a sua credibilidade – se
você está disposto a desvirtuar negativamente o argumento do seu oponente, será
que você também não desvirtuaria os seus positivamente?
Exemplo: Depois de Felipe dizer que o governo deveria
investir mais em saúde e educação, Jader respondeu dizendo estar surpreso que
Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o nosso país
completamente indefeso, sem verba militar.
2. Causa Falsa
Você
supôs que uma relação real ou percebida entre duas coisas significa que uma é a
causa da outra.
Uma variação
dessa falácia é a "cum hoc ergo propter hoc"
(com isto, logo por causa disto), na qual alguém supõe que, pelo fato de duas
coisas estarem acontecendo juntas, uma é a causa da outra. Este erro consiste
em ignorar a possibilidade de que possa haver uma causa em comum para ambas,
ou, como mostrado no exemplo abaixo, que as duas coisas em questão não tenham
absolutamente nenhuma relação de causa, e a sua aparente conexão é só uma
coincidência.
Outra variação
comum é a falácia "post hoc ergo propter hoc"
(depois disto, logo por causa disto), na qual uma relação causal é presumida
porque uma coisa acontece antes de outra coisa, logo, a segunda coisa só pode
ter sido causada pela primeira.
Exemplo: Apontando para um gráfico metido a besta, Rogério
mostra como as temperaturas têm aumentado nos últimos séculos, ao mesmo tempo
em que o número de piratas têm caído; sendo assim, obviamente, os piratas é que
ajudavam a resfriar as águas, e o aquecimento global é uma farsa.
3. Apelo à emoção
Você
tentou manipular uma resposta emocional no lugar de um argumento válido ou
convincente.
Apelos à emoção
são relacionados a medo, inveja, ódio, pena, orgulho, entre outros.
É importante
dizer que às vezes um argumento logicamente coerente pode inspirar emoção, ou
ter um aspecto emocional, mas o problema e a falácia acontecem quando a emoção
é usada no lugar de um argumento lógico. Ou, para tornar menos claro o fato de
que não existe nenhuma relação racional e convincente para justificar a posição
de alguém.
Exceto os sociopatas,
todos são afetados pela emoção, por isso apelos à emoção são uma tática de
argumentação muito comum e eficiente. Mas eles são falhos e desonestos, com
tendência a deixar o oponente de alguém justificadamente emocional.
Exemplo: Lucas não queria comer o seu prato de cérebro de
ovelha com fígado picado, mas seu pai o lembrou de todas as crianças famintas
de algum país de terceiro mundo que não tinham a sorte de ter qualquer tipo de
comida.
4. A falácia da falácia
Supor
que uma afirmação está necessariamente errada só porque ela não foi bem
construída ou porque uma falácia foi cometida.
Há poucas coisas
mais frustrantes do que ver alguém argumentar de maneira fraca alguma posição.
Na maioria dos casos um debate é vencido pelo melhor debatedor, e não necessariamente
pela pessoa com a posição mais correta. Se formos ser honestos e racionais,
temos que ter em mente que só porque alguém cometeu um erro na sua defesa do
argumento, isso não necessariamente significa que o argumento em si esteja
errado.
Exemplo: Percebendo que Amanda cometeu uma falácia ao
defender que devemos comer alimentos saudáveis porque eles são populares, Alice
resolveu ignorar a posição de Amanda por completo e comer Whopper Duplo com
Queijo no Burger King todos os dias.
5. Ladeira Escorregadia
Você
faz parecer que o fato de permitirmos que aconteça A fará com que aconteça Z, e
por isso não podemos permitir A.
O problema com
essa linha de raciocínio é que ela evita que se lide com a questão real,
jogando a atenção em hipóteses extremas. Como não se apresenta nenhuma prova de
que tais hipóteses extremas realmente ocorrerão, esta falácia toma a forma de
um apelo à emoção do medo.
Exemplo: Armando afirma que, se permitirmos casamentos entre
pessoas do mesmo sexo, logo veremos pessoas se casando com seus pais, seus
carros e seus macacos Bonobo de estimação.
Exemplo
2: a explicação feita
após o terceiro subtítulo - "O
voto divergente do ministro Ricardo Lewandowski e a ladeira escorregadia"
- deste
texto sobre aborto. Vale a leitura.
6. Ad hominem
Você
ataca o caráter ou traços pessoais do seu oponente em vez de refutar o
argumento dele.
Ataques ad
hominem podem assumir a forma de golpes pessoais e diretos contra alguém, ou
mais sutilmente jogar dúvida no seu caráter ou atributos pessoais. O resultado
desejado de um ataque ad hominem é
prejudicar o oponente de alguém sem precisar de fato se engajar no argumento
dele ou apresentar um próprio.
Exemplo: Depois de Salma apresentar de maneira eloquente e
convincente uma possível reforma do sistema de cobrança do condomínio, Samuel
pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa dita
por uma mulher que não é casada, já foi presa e, pra ser sincero, tem um cheiro
meio estranho.
7. Tu quoque (você também)
Você
evitar ter que se engajar em críticas virando as próprias críticas contra o
acusador – você responde críticas com críticas.
Esta falácia,
cuja tradução do latim é literalmente “você também”, é geralmente empregada
como um mecanismo de defesa, por tirar a atenção do acusado ter que se defender
e mudar o foco para o acusador.
A implicação é
que, se o oponente de alguém também faz aquilo de que acusa o outro, ele é um
hipócrita. Independente da veracidade da contra-acusação, o fato é que esta é
efetivamente uma tática para evitar ter que reconhecer e responder a uma
acusação contida em um argumento – ao devolver ao acusador, o acusado não
precisa responder à acusação.
Exemplo: Nicole identificou que Ana cometeu uma falácia
lógica, mas, em vez de retificar o seu argumento, Ana acusou Nicole de ter
cometido uma falácia anteriormente no debate.
Exemplo
2: O político Aníbal
Zé das Couves foi acusado pelo seu oponente de ter desviado dinheiro público na
construção de um hospital. Aníbal não responde a acusação diretamente e devolve
insinuando que seu oponente também já aprovou licitações irregulares em seu
mandato.
8. Incredulidade pessoal
Você
considera algo difícil de entender, ou não sabe como funciona, por isso você dá
a entender que não seja verdade.
Assuntos
complexos como evolução biológica através de seleção natural exigem alguma
medida de entendimento sobre como elas funcionam antes que alguém possa
entendê-los adequadamente; esta falácia é geralmente usada no lugar desse
entendimento.
Exemplo: Henrique desenhou um peixe e um humano em um papel
e, com desdém efusivo, perguntou a Ricardo se ele realmente pensava que nós
somos babacas o bastante para acreditar que um peixe acabou evoluindo até a
forma humana através de, sei lá, um monte de coisas aleatórias acontecendo com
o passar dos tempos.
9. Alegação especial
Você
altera as regras ou abre uma exceção quando sua afirmação é exposta como falsa.
Humanos são
criaturas engraçadas, com uma aversão boba a estarem errados.
Em vez de
aproveitar os benefícios de poder mudar de ideia graças a um novo entendimento,
muitos inventarão modos de se agarrar a velhas crenças. Uma das maneiras mais
comuns que as pessoas fazem isso é pós-racionalizar um motivo explicando o
porque aquilo no qual elas acreditavam ser verdade deve continuar sendo
verdade.
É geralmente bem
fácil encontrar um motivo para acreditar em algo que nos favorece, e é
necessária uma boa dose de integridade e honestidade genuína consigo mesmo para
examinar nossas próprias crenças e motivações sem cair na armadilha da
auto-justificação.
Exemplo: Eduardo afirma ser vidente, mas quando as suas
“habilidades” foram testadas em condições científicas apropriadas, elas
magicamente desapareceram. Ele explicou, então, que elas só funcionam para quem
tem fé nelas.
10. Pergunta carregada
Você
faz uma pergunta que tem uma afirmação embutida, de modo que ela não pode ser
respondida sem uma certa admissão de culpa.
Falácias desse
tipo são particularmente eficientes em descarrilar discussões racionais, graças
à sua natureza inflamatória – o receptor da pergunta carregada é compelido a se
justificar e pode parecer abalado ou na defensiva. Esta falácia não apenas é um
apelo à emoção, mas também reformata a discussão de forma enganosa.
Exemplo: Graça e Helena estavam interessadas no mesmo homem.
Um dia, enquanto ele estava sentado próximo suficiente a elas para ouvir, Graça
pergunta em tom de acusação: “como anda a sua rehabilitação das drogas,
Helena?”
11. Ônus da prova
Você
espera que outra pessoa prove que você está errado, em vez de você mesmo provar
que está certo.
O ônus
(obrigação) da prova está sempre com quem faz uma afirmação, nunca com quem
refuta a afirmação. A impossibilidade, ou falta de intenção, de provar errada
uma afirmação não a torna válida, nem dá a ela nenhuma credibilidade.
No entanto, é
importante estabelecer que nunca podemos ter certeza de qualquer coisa, portanto
devemos valorizar cada afirmação de acordo com as provas disponíveis. Tirar a
importância de um argumento só porque ele apresenta um fato que não foi provado
sem sombra de dúvidas também é um argumento falacioso.
Exemplo: Beltrano declara que uma chaleira está, nesse exato
momento, orbitando o Sol entre a Terra e Marte e que, como ninguém pode provar
que ele está errado, a sua afirmação é verdadeira.
12. Ambiguidade
Você
usa duplo sentido ou linguagem ambígua para apresentar a sua verdade de modo
enganoso.
Políticos
frequentemente são culpados de usar ambiguidade em seus discursos, para depois,
se forem questionados, poderem dizer que não estavam tecnicamente mentindo.
Isso é qualificado como uma falácia, pois é intrinsecamente enganoso.
Exemplo: Em um julgamento, o advogado concorda que o crime
foi desumano. Logo, tenta convencer o júri de que o seu cliente não é humano
por ter cometido tal crime, e não deve ser julgado como um humano normal.
13. Falácia do apostador
Você
diz que “sequências” acontecem em fenômenos estatisticamente independentes,
como rolagem de dados ou números que caem em uma roleta.
Esta falácia de
aceitação comum é provavelmente o motivo da criação da grande e luminosa cidade
no meio de um deserto americano chamada Las Vegas.
Apesar da
probabilidade geral de uma grande sequência do resultado desejado ser realmente
baixa, cada lance do dado é, em si mesmo, inteiramente independente do
anterior. Apesar de haver uma chance baixíssima de um cara-ou-coroa dar cara 20
vezes seguidas, a chance de dar cara em cada uma das vezes é e sempre será de
50%, independente de todos os lances anteriores ou futuros.
Exemplo: Uma roleta deu número vermelho seis vezes em
sequência, então Gregório teve quase certeza que o próximo número seria preto.
Sofrendo uma forma econômica de seleção natural, ele logo foi separado de suas
economias.
14. Ad populum
Você
apela para a popularidade de um fato, no sentido de que muitas pessoas
fazem/concordam com aquilo, como uma tentativa de validação dele.
A falha nesse
argumento é que a popularidade de uma ideia não tem absolutamente nenhuma
relação com a sua validade. Se houvesse, a Terra teria se feito plana por
muitos séculos, pelo simples fato de que todos acreditavam que ela era assim.
Exemplo: Luciano, bêbado, apontou um dedo para Jão e
perguntou como é que tantas pessoas acreditam em duendes se eles são só uma superstição
antiga e boba. Jão, por sua vez, já havia tomado mais Guinness do que deveria e
afirmou que já que tantas pessoas acreditam, a probabilidade de duendes de fato
existirem é grande.
15. Apelo à autoridade
Você
usa a sua posição como figura ou instituição de autoridade no lugar de um
argumento válido. (A popular "carteirada".)
É importante
mencionar que, no que diz respeito a esta falácia, as autoridades de cada campo
podem muito bem ter argumentos válidos, e que não se deve desconsiderar a
experiência e expertise do outro.
Para formar um
argumento, no entanto, deve-se defender seus próprios méritos, ou seja, deve-se
saber por que a pessoa em posição de autoridade tem aquela posição. No entanto,
é claro, é perfeitamente possível que a opinião de uma pessoa ou instituição de
autoridade esteja errada; assim sendo, a autoridade de que tal pessoa ou
instituição goza não tem nenhuma relação intrínseca com a veracidade e validade
das suas colocações.
Exemplo: Impossibilitado de defender a sua posição de que a
teoria evolutiva "não é real", Roberto diz que ele conhece
pessoalmente um cientista que também questiona a Evolução e cita uma de suas
famosas falas.
Exemplo
2: Um professor de
matemática se vê questionado de maneira insistente por um aluno especialmente
chato. Lá pelas tantas, irritado após cometer um deslize em sua fala, o
professor argumenta que tem mestrado pós-doutorado e isso é mais do que
suficiente para o aluno confiar nele.
16. Composição/Divisão
Você
implica que uma parte de algo deve ser aplicada a todas, ou outras, partes
daquilo.
Muitas vezes,
quando algo é verdadeiro em parte, isso também se aplica ao todo, mas é crucial
saber se existe evidência de que este é mesmo o caso.
Já que observamos
consistência nas coisas, o nosso pensamento pode se tornar enviesado de modo
que presumimos consistência e padrões onde eles não existem.
Exemplo: Daniel era uma criança precoce com uma predileção
por pensamento lógico. Ele sabia que átomos são invisíveis, então logo concluiu
que ele, por ser feito de átomos, também era invisível. Nunca foi vitorioso em
uma partida de esconde-esconde.
17. Nenhum escocês de verdade...
Você
faz o que pode ser chamado de apelo à pureza como forma de rejeitar críticas
relevantes ou falhas no seu argumento.
Nesta forma de
argumentação falha, a crença de alguém é tornada infalsificável porque,
independente de quão convincente seja a evidência apresentada, a pessoa
simplesmente move a situação de modo que a evidência supostamente não se
aplique a um suposto "verdadeiro" exemplo. Esse tipo de
pós-racionalização é um modo de evitar críticas válidas ao argumento de alguém.
Exemplo: Angus declara que escoceses não colocam açúcar no
mingau, ao que Lachlan aponta que ele é um escocês e põe açúcar no mingau.
Furioso, como um "escocês de verdade", Angus berra que nenhum escocês
de verdade põe açúcar no seu mingau.
18. Genética
Você
julga algo como bom ou ruim tendo por base a sua origem.
Esta falácia
evita o argumento ao levar o foco às origens de algo ou alguém. É similar à
falácia ad hominem no sentido
de que ela usa percepções negativas já existentes para fazer com que o
argumento de alguém pareça ruim, sem de fato dissecar a falta de mérito do
argumento em si.
Exemplo: Acusado no Jornal Nacional de corrupção e aceitação
de propina, o senador disse que devemos ter muito cuidado com o que ouvimos na
mídia, já que todos sabemos como ela pode não ser confiável.
19. Preto-ou-branco
Você
apresenta dois estados alternativos como sendo as únicas possibilidades, quando
de fato existem outras.
Também conhecida
como falso dilema, esta
tática aparenta estar formando um argumento lógico, mas sob análise mais
cuidadosa fica evidente que há mais possibilidades além das duas apresentadas.
O pensamento
binário da falácia preto-ou-branco não leva em conta as múltiplas variáveis,
condições e contextos em que existiriam mais do que as duas possibilidades
apresentadas. Ele molda o argumento de forma enganosa e obscurece o debate
racional e honesto.
Exemplo: Ao discursar sobre o seu plano para
fundamentalmente prejudicar os direitos do cidadão, o Líder Supremo falou ao
povo que ou eles estão do lado dos direitos do cidadão ou contra os direitos.
20. Tornando a questão supostamente óbvia
Você
apresenta um argumento circular no qual a conclusão foi incluída na premissa.
Este argumento
logicamente incoerente geralmente surge em situações onde as pessoas têm
crenças bastante enraizadas, e por isso consideradas verdades absolutas em suas
mentes. Racionalizações circulares são ruins principalmente porque não são
muito boas.
Exemplo: A Palavra do Grande Zorbo é perfeita e infalível.
Nós sabemos disso porque diz aqui no Grande e Infalível Livro das Melhores e
Mais Infalíveis Coisas do Zorbo Que São Definitivamente Verdadeiras e Não Devem
Nunca Serem Questionadas.
Exemplo
2: O plano estratégico
de marketing é o melhor possível, foi assinado pelo Diretor Bam-bam-bam.
21. Apelo à natureza
Você
argumenta que só porque algo é "natural", aquilo é válido, justificado,
inevitável ou ideal.
Só porque algo é
natural, não significa que é bom. Assassinato, por exemplo, é bem natural, e
mesmo assim a maioria de nós concorda que não é lá uma coisa muito legal de
você sair fazendo por aí. A sua "naturalidade" não constitui nenhum
tipo de justificativa.
Exemplo: O curandeiro chegou ao vilarejo com a sua carroça
cheia de remédios completamente naturais, incluindo garrafas de água pura muito
especial. Ele disse que é natural as pessoas terem cuidado e desconfiarem de
remédios "artificiais", como antibióticos.
22. Anedótica
Você
usa uma experiência pessoal ou um exemplo isolado em vez de um argumento sólido
ou prova convincente.
Geralmente é bem
mais fácil para as pessoas simplesmente acreditarem no testemunho de alguém do
que entender dados complexos e variações dentro de umcontinuum.
Medidas
quantitativas científicas são quase sempre mais precisas do que percepções e
experiências pessoais, mas a nossa inclinação é acreditar naquilo que nos é
tangível, e/ou na palavra de alguém em quem confiamos, em vez de em uma
realidade estatística mais "abstrata".
Exemplo: José disse que o seu avô fumava, tipo, 30 cigarros
por dia e viveu até os 97 anos -- então não acredite nessas meta análises que
você lê sobre estudos metodicamente corretos provando relações causais entre
cigarros e expectativa de vida.
23. O atirador do Texas
Você
escolhe muito bem um padrão ou grupo específico de dados que sirva para provar
o seu argumento sem ser representativo do todo.
Esta falácia de
"falsa causa" ganha seu nome partindo do exemplo de um atirador
disparando aleatoriamente contra a parede de um galpão, e, na sequência,
pintando um alvo ao redor da área com o maior número de buracos, fazendo
parecer que ele tem ótima pontaria.
Grupos
específicos de dados como esse aparecem naturalmente, e de maneira
imprevisível, mas não necessariamente indicam que há uma relação causal.
Exemplo: Os fabricantes do bebida gaseificada Cocaçúcar
apontam pesquisas que mostram que, dos cinco países onde a Cocaçúcar é mais
vendida, três estão na lista dos dez países mais saudáveis do mundo, logo,
Cocaçúcar é saudável.
24. Meio-termo
Você
declara que uma posição central entre duas extremas deve ser a verdadeira.
Em muitos casos,
a verdade realmente se encontra entre dois pontos extremos, mas isso pode
enviezar nosso pensamento: às vezes uma coisa simplesmente não é verdadeira, e
um meio termo dela também não é verdadeiro. O meio do caminho entre uma verdade
e uma mentira continua sendo uma mentira.
Exemplo: Mariana disse que a vacinação causou autismo em
algumas crianças, mas o seu estudado amigo Calebe disse que essa afirmação já
foi derrubada como falsa, com provas. Uma amiga em comum, a Alice, ofereceu um
meio-termo: talvez as vacinas causem um pouco de autismo, mas não muito.
Espero que essa
lista seja útil.
Por fim,
questiono: onde já identificaram falácias lógicas em seu dia-a-dia?
Compartilhem suas dúvidas e percepções sobre o tema.
Fonte: http://papodehomem.com.br/falacias-logicas/
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